a quinta do miguel na aldeia do meco

    Com o bom tempo finalmente a aparecer apetece aproveitar todos os minutos do fim de semana, especialmente se for alargado como este (pelo menos para nós que vivemos em Lisboa). Ir para fora mas não para muito longe para não perder tempo com o caminho. Foi o que fizemos recentemente. Metemo-nos no carro, atravessámos a ponte e meia hora depois estávamos a chegar. Onde? À maravilhosa aldeia do Meco. Raramente vamos para estas praias (excelentes apesar do mar ser um bocado agreste) e quisemos experimentar uns dias diferentes num cenário diferente. E como gostamos de coisas diferentes, escolhemos um hotel diferente: uma quinta. A quinta do Miguel. Chegámos ao portão graças ao nosso GPS que ainda fez questão de nos levar por um ou dois descampados de terra batida que desembocavam em zonas desertas. O portão, cinzento e moderno, parecia de uma casa particular. Tocámos. O portão abriu-se qual “Abre-te Sésamo!” para descobrirmos uma quinta impecavelmente caiada com um jardim muito bem arranjado. Parecia que tínhamos chegado à nossa casa de férias, não a um hotel. O dono estava na varanda da sala à conversa com um casal. Ficámos na dúvida se era um casal amigo ou um casal de hóspedes, tal a simpatia e o à-vontade do anfitrião. Esta varanda, no fundo, funciona como entrada para a receção que se situa no edifício principal que, por sua vez, alberga a casa dos proprietários.

    A quinta tem cinco suites: dois studios, duas villas (uma delas com mezzanine) e um loft. Nós optámos por um studio. Uma funcionária levou-nos até ao quarto que também se situa no piso térreo do edifício principal e que me conquistou ao primeiro olhar. Branco mais branco não há mesmo. Paredes, teto, chão, cozinha, casa de banho, cama, édredons, toalhas, tudo é branco. Por isso, fiquei encantada. E ainda há alguns detalhes maravilhosos: as mesas de cabeceira são troncos de árvores e os rádios nos quartos são imitações de rádios antigos (mas dá para ligar o iPod e tudo). Adoro. Aqui reinam a simplicidade e o bom gosto, tanto no quarto, como no pequeno closet, na kitchenette e na enorme casa de banho, que dá para um pequeno jardim, com uma mesa, duas cadeiras e um cadeirão. Arrumámos as coisas e fomos jantar fora, porque a Quinta do Miguel não serve refeições (o que é uma pena). Não arriscámos e fomos ao Bar do Peixe, na praia do Meco, que já conhecíamos. No dia seguinte, depois de uma noite muito bem dormida numa cama e édredon cinco estrelas, acordámos com o som dos passos de um dos empregados a deixar-nos o pequeno-almoço à porta do quarto.

    O pequeno-almoço vem numa caixa de madeira fechada d’ A Vida Portuguesa que nós abrimos, cheios de curiosidade, quais crianças a abrir uma caixinha de surpresas, acompanhada de duas garrafas de vidro: uma de leite e outra com sumo de laranja natural. Dentro da caixa encontrámos duas carcaças (podia ser melhor!) e quatro variedades de pãezinhos em mini sacos reciclados, queijo fatiado embrulhado, uma compota, saquinhos de chá e dois bolinhos. É agradável, cumpre os mínimos, mas não deslumbra. Tomámos o pequeno-almoço no nosso jardim privado ao mesmo tempo que os nossos vizinhos do studio do lado. Os jardins são simpáticos mas têm pouca privacidade (são separados por uns buxos baixinhos), por isso, tivemos alguns momentos constrangedores de partilha de olhares e sussurros para não nos sentirmos a mais, mas aquilo parecia um pequeno-almoço a quatro.

    Depois do pequeno-almoço, decidimos pegar nos nossos livros e aproveitar os 12 mil metros quadrados de jardim (que até pavões tem por ali a passear) e a piscina (linda, toda revestida a mosaico preto, rodeada por um carreiro de pedrinhas). Escolhemos duas camas super confortáveis, forradas com tecidos de puffs que eu amei. Fiquei de tal maneira fã que me agarrei ao telemóvel à procura do site para tentar comprar umas iguais cá para casa. Ainda tentei convencer o meu querido Marido Mistério mas, mal ele olhou para os preços, dirigiu-me aquele olhar de censura e encerrou o assunto com um “Tem juízo!”. Desliguei o telemóvel e regressei ao meu livro, ligeiramente amuada. O que vale é que os meus amuos duram entre 10 e 20 segundos.

    A paz e a tranquilidade do jardim, com o som da água da piscina a correr, embalaram-nos durante toda a manhã. Ao fundo, escondido entre duas árvores, há ainda um jacuzzi exterior com água aquecida, durante o ano todo. Como nunca fui muito fã de jacuzzis, aproveitei sobretudo a piscina. Foi a custo que nos levantámos para ir para a praia. Foi difícil sair deste pequeno paraíso. Lá nos arrastámos até ao carro, mas com a promessa de voltar o mais rapidamente possível.

    O bom

    O quarto 

    O mau

    Não servem refeições

    O ótimo

    As camas da piscina

     

    Bom fim de semana comprido,

    Ela 

    5 comentários em “a quinta do miguel na aldeia do meco

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