carmo’s boutique hotel, o quarto mais romântico para um fim-de-semana a dois

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    Se Ponte de Lima já é só por si uma vila linda de morrer (sabia que é a mais antiga de Portugal?), o Carmo’s Boutique Hotel é a cereja no topo do bolo. Chegámos já de noite, porque a viagem, para quem vem de Lisboa, ainda é longa. E mal vimos o portão que dá acesso à propriedade ficámos rendidos. Não só porque fica muito perto da saída da autoestrada, o que é sempre uma boa surpresa, mas também porque a entrada estava toda iluminada com pequenas luzes, incluindo os pinheiros que ladeavam o portão. Parecia que o Natal tinha chegado mais cedo.

     

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    Estávamos muito entusiasmados com este fim-de-semana. Fizemos questão de distribuir os miúdos entre família e amigos depois de reservarmos uma das novíssimas Tendas Deluxe do Carmo’s Boutique Hotel. As fotografias que tínhamos visto no site prometiam mas os preços (e o ambiente do hotel) não convidam a famílias numerosas com orçamento reduzido. Por isso fomos os dois. E ainda bem.

    Depois de estacionarmos o carro, conseguimos, liderados pelo espetacular sentido de orientação do meu querido Marido Mistério, entrar pela adega, dar a volta ao edifício principal pelas traseiras e finalmente chegar à receção.

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    O hotel 

    A receção é uma secretária antiga no canto da sala de estar e de jantar no edifício principal. Tudo aqui é um convite ao luxo e ao conforto. Bons e confortáveis sofás com muitas e igualmente confortáveis almofadas, e várias mesas espalhadas pela sala já estavam a ser preparadas para o jantar.

    Por todo o lado, respira-se arte e cultura. Nota-se a paixão dos proprietários por livros e pintura. Lá fora, uma esplanada, ideal para as noites quentes de verão, e ainda uma sala de estar exterior, montada numa tenda gigante. Aliás, as tendas são as grandes protagonistas no Carmo’s Boutique Hotel.

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    Além das duas Tendas Deluxe, todo o espaço que as envolve transporta-nos para a savana africana: camas ao relento com voiles a esvoaçar, que nos remetem para um cenário de histórias de encantar, uma outra sala de estar também sob uma tenda, erguida mesmo ao lado das vinhas, e ainda recantos deliciosos como as duas mesas junto ao lago natural mesmo em frente ao nosso quarto, também elas protegidas por uma espécie de tendas em forma de vela.

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    Tanto os exteriores como os interiores primam pelos pormenores de decoração. E há de tudo: clássicos, modernos, vintage, contemporâneos. Se eu decorava assim a minha casa? Provavelmente não, mas que todo o conjunto se harmonia e cria um cenário romântico e de luxo, isso ninguém pode negar.

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    O hotel tem 15 suites e as duas Tendas Deluxe, uma piscina exterior rodeada de camas e recantos, um restaurante que serve comida tradicional portuguesa no terraço e um spa com tratamentos de aromaterapia.

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    O nosso quarto

    Chamar-lhe quarto é manifestamente redutor e até ofensivo. Mal entrei na “nossa” tenda de luxo senti-me a Karen Blixen de Ponte de Lima. A ideia é precisamente essa. Toda a decoração remete-nos para aqueles espetaculares bungalows dos safaris de luxo africanos. Desde a banheira no meio do quarto, em frente à janela de vidro, ao telescópio para ver os animais que infelizmente aqui não constam, passando pelo gigantesco sofá em forma de meia lua, pela cama com dossel rodeada de um gigantesco mosquiteiro ou pela tranquila paisagem envolvente.

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    A tenda (que no fundo de tenda tem muito pouco) só tem mesmo o formato e o nome, porque toda ela é uma construção sólida de madeira com todo o conforto de um hotel de cinco estrelas.

    O quarto tem ainda uma mesa com cadeiras onde nos esperava uma simpática garrafa de espumante acompanhada por um frasco com umas bolachas e uns chocolates de boas-vindas. E, depois, não há nada a apontar. Aqui tudo é bom e tudo é confortável: o colchão, as imensas almofadas, o édredon, as toalhas do banho enormes e até o duche de onde sai água literalmente de todos os cantos.

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    Falta falar da varanda com duas cadeiras de baloiço e uma mesa tosca de madeira. A vista não é o Douro mas é simpática, com árvores e a serra ao fundo. Só é pena é que o som de fundo dos passarinhos e da natureza seja totalmente abafado pelo barulho dos carros que passam na movimentada estrada mesmo à porta do hotel.

    De manhã, quando acordámos ainda estremunhados, olhámos em volta deslumbrados e durante alguns segundos convencemo-nos de que estávamos no meio da selva africana mas, de repente, levámos com um banho de realidade porque o que, de facto, nos tinha despertado tinha sido uma bela banda sonora que variava entre o vira, o fandango e o Quim Barreiros.

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    O restaurante

    O pequeno-almoço, servido na sala de jantar junto à recepção, é rico e requintado. Não se deixe enganar pela mesa redonda cheia de bolinhos, cereais, sumos e frutas porque o pequeno-almoço não é buffet. Servem-no à mesa com tudo a que tem direito: um cesto com uma variedade tão grande de pães que me desgracei por completo: doces, escuros, minichapatas, minicroissants, enfim, uma tragédia para a minha dieta. Tudo isto acompanhado por doces e compotas, queijos e fiambres vários, marmelada caseira e mel.

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    Depois, todos os seus desejos aqui são ordens. Trouxeram-nos ainda torradas (Ele, claro, porque eu contentei-me com o incrível cesto de pão), ovos frescos e muito bem feitos (Ele preferiu mexidos e eu preferi escalfados), panquecas deliciosas, sumos, iogurtes, e ainda (sim, estou sem fôlego) bolos caseiros e miniaturas (esses, sim, já tirámos, com alguma vergonha – e com a barriga cheia – da tal mesa redonda). O serviço é muito simpático, sorridente e atencioso.

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    Já o jantar é bom, cumpre mas não deslumbra. Servido com requinte, tínhamos 4 entradas e 4 pratos principais à escolha, quase todas opções de cozinha tradicional portuguesa o que, ao jantar, por vezes, pode ser um pouco pesado, até para mim.

    Eu juro que tentei ser light mas com muito pouco sucesso: optei por uma sopa de tomate e por um naco de novilho com presunto, ovo estrelado e batatas fritas, que estava razoável. Eu sei que estou de dieta mas não estou no Minho para comer saladas.

    As outras opções eram filetes de polvo com arroz do mesmo, uma dourada na grelha (mas isso temos aos potes em Lisboa, eu sei, é desculpa, era o que eu devia ter pedido, mas paciência), perna de cordeiro de leite que Ele obviamente devorou e gostou mas não adorou.

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    Só uma última nota: o Carmo’s Boutique Hotel tem uma variedade de programas à escolha, não só no spa mas também inúmeras atividades ao ar livre, como um piquenique nas vinhas ou junto ao rio Lima, por exemplo. Aconselho a marcar com antecedência porque nós não conseguimos reservar absolutamente nada quando lá chegámos.

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    Que tal? Já está a pensar no próximo fim-de-semana? Fica a ideia!

     

    O bom 

    O pequeno-almoço

    O mau 

    O barulho dos carros a passar na estrada

    O ótimo 

    As tendas

     

    Boa viagem,

    EIa

     

    fotos: casal mistério, carmo’s boutique hotel

     

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