qual é para si o melhor terraço de lisboa? conheça os nossos três favoritos

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    Esta semana não foi fácil. Diríamos mais: foi dura. Diríamos mais ainda: foi violenta. Foi aquilo a que se pode chamar, em linguagem publicável num blog sério e familiar, uma penosa semana de árdua labuta. Pois imagine o nosso ilustre leitor e a nossa insigne leitora que passámos quatro longos dias no terreno a preparar ao detalhe este belo post que trazemos até si. E que hercúlea tarefa foi essa? Experimentar os melhores terraços de Lisboa. E quando dizemos experimentar, dizemos sentar em confortáveis cadeiras, provar fresquíssimas ostras, bebericar magníficos cocktails, apreciar espantosas vistas. Pode parecer um agradável prazer, mas é trabalho. E como isso só nos fica bem, temos de nos queixar do trabalho.

     

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    A ideia de eleger o melhor terraço da cidade partiu da Microsoft Portugal. A empresa (seguramente por iniciativa directa do seu fundador, Bill Gates, um renomado fã do Casal Mistério) desafiou este vosso casal a seleccionar o mais espectacular terraço e (aí vêm as segundas intenções…) a fotografá-lo com o último grito da tecnologia, o telemóvel Microsoft Lumia 830 que tem uma câmara de 10 megapixeis e umas poderosas objectivas Zeisse. As fotos teriam de ser publicadas sem filtros nem photoshopadas dignas da Kim Kardashian. Só assim: fotografia, vista e mais nada. 

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    O problema é que Ele gostava mais de um terraço e Ela gostava mais de outro. E o drama é que a Família Mistério não é apenas um pacato casal – inclui também quatro incansáveis crianças que adoram terraçar e, mais ainda, palpitar sobre a melhor vista, a melhor comida e as melhores bebidas. Ou seja, chegados ao fim de uma semana de árdua labuta, temos o nosso trabalho por fazer: não temos um terraço, temos três terraços que dividem profundamente estas seis almas misteriosas.

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    É por isso que precisamos da sua preciosa colaboração: ajude-nos a escolher o melhor terraço de Lisboa e a não fazer uma triste figura. Aqui ficam os três finalistas, depois de muita discussão (e muitos fins de tarde de papo para o ar). Agora só tem de opinar e votar naquele de que gosta mais. Aqui no blog, no Facebook, no Instagram, no Twitter, por email, por carta ou por telegrama, dê-nos o seu veredicto. Escolha as suas fotografias preferidas, os seus pratos favoritos e as suas bebidas de eleição. Opine e diga-nos de sua justiça.

     

    A escolha Dela

    Ostraria, Hotel do Chiado

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    É, na minha modestíssima opinião, um dos melhores spots da cidade. Com uma vista deslumbrante para o Tejo, os telhados de Lisboa e o Castelo de S. Jorge, é imbatível. À direita, o rio com o reflexo da luz única da capital e à esquerda, o elevador de Santa Justa destaca-se da paisagem urbana. Vê-se ainda a Sé de Lisboa, o Panteão Nacional, a Graça, o Chapitô, enfim, é basicamente uma pintura da encosta do Castelo, sobretudo ao fim da tarde com os tons do pôr-do-sol a descerem sobre as colinas.

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    O bar propriamente dito está bem arranjado e decorado: tem uma zona de mesas tradicional e duas mesas mais baixas com sofás, além de um recanto com umas cadeiras e sofás em cima de um pequeno relvado. Mas o melhor deste espaço, além obviamente da vista, é o bar de ostras.

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    Com um serviço impecável, serve umas ostras fresquíssimas e uns cocktails originais que incluem… ostras, claro. Nós experimentámos o Dry Ostrini (€15) que é um Dry Martini feito com um gin com infusão de ostras (preparado pelo próprio bar) e servido com uma ostra lá dentro. É ótimo, mas é uma verdadeira bomba alcoólica. Para acompanhar, pedimos uma ostraria (€30), que é um conjunto de 12 ostras cruas. Também há várias opções gourmand – com maçã verde, pepino e menta ou com ceviche de beterraba, por exemplo – mas deixei isso para outra oportunidade.

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    O serviço do bar do hotel, onde Ele pediu um copo de vinho (menino…), é mais lento e o vinho veio muito mal servido (€4,50 por um copo de Quinta do Crasto Branco): nem chegou a um quarto do copo. Pormenores que não nos roubam a boa-disposição quando se está de frente para uma vista assim.

    E um cenário destes, acompanhado de um copo de vinho branco e de um cocktail, é para mim o pináculo da felicidade.

     

    O bom

    As ostras e os cocktails originais

    O mau

    A dose servida no vinho a copo

    O ótimo

    A vista, mesmo de frente para o Castelo de S. Jorge

     

     

    A escolha Dele

    Wine Bar & Terrace, Memmo Alfama

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    Primeira condição essencial para eleger o melhor terraço de Lisboa: ter bons gins. Segunda condição essencial: ter boas águas tónicas. Depois, então, vêm esses detalhes irrelevantes que são a vista, o conforto, o serviço e a comida. E o Memmo Alfama tem uma razoável carta de gins e – mais importante de tudo – servida com óptimas águas tónicas. Eu escolhi um Martin Miller’s com Fever Tree, lima e hortelã (€13), que é uma excelente companhia para esta vista: o rio mesmo à sua frente, a margem sul do Tejo lá ao fundo, o bairro de Alfama à sua esquerda e o Panteão Nacional um pouco atrás.

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    A maravilha é que aqui tem todas as paisagens que pode desejar: rio, cidade, monumento histórico e velhinhas à janela a falarem de um prédio para o outro. Depois é bom e confortável: se tiver frio, pode ficar no interior – a parede da frente é uma enorme janela em vidro que está toda aberta para a vista; se quiser namorar, tem vários recantos – o terraço foi feito com três níveis, um mesmo junto ao rio e outro no topo, só com uma mesa, de onde vê tudo sem ninguém à frente; se preferir petiscar, a ementa é fantástica e tem aqueles que são os melhores chips de batata doce que já provei.

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    É claro que nós íamos só para beber um copo, mas acabámos a beber vários e a fazer um lanche ajantarado. E a culpa foi dos chips de batata doce (€4). Cortados compridos, longitudinalmente, são tão fininhos que parecem uma folha de papel. Depois vêm bem fritos e hiper-estaladiços, acompanhados de um suave molho de iogurte. A seguir a provarmos isto, tivemos de experimentar os croquetes de presunto de porco preto (€7,50) – grandes e com um recheio super cremoso, servidos com mostarda e um molho agridoce de que não gostei tanto –, uns camarões fritos com lima e gengibre (€12) – que foi o petisco mais fraquinho de todos – e um óptimo ceviche de atum com abacate, morango e tostas de pão caseiro (€16) – a frescura doce do morango ligava maravilhosamente com a acidez do ceviche. Isto tudo além, claro, de mais uma dose de chips de batata doce.

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    O serviço é rápido e muitíssimo simpático e o ambiente é tranquilo: muitos casais de estrangeiros em mesas para dois. A decoração é moderna mas sóbria e a piscina é em cor de tijolo, a cair para o rio. Se olhar à sua volta, vê as casas antigas de Alfama, com a roupa estendida e as tais senhoras à janela. Quem é que resiste a um ambiente destes?

     

    O bom

    A vista castiça para o rio e para Alfama

    O mau

    A dificuldade para arrumar o carro: o melhor é ir de táxi ou a pé

    O óptimo

    Os chips de batata doce e a comida em geral

     

     

    A escolha das crianças (pela nossa filha adolescente) 

    Sky Bar, Hotel Tivoli

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    “Hoje não há saídas com amigos. É dia de família. Mas podem escolher onde é que querem ir – desde que seja um terraço”. Erro. Nunca digam aos vossos filhos para escolherem onde ir quando estão revoltados. Tinha de compensar o facto de não poder sair com os meus amigos… E a melhor maneira de compensar é com uma esplanada com boa música. A nossa escolha foi para o Sky Bar, que é o terraço para adultos mais próximo do conceito de “boa música” que conheço.

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    O espaço é divertido, a vista é espetacular e o DJ é… como é que o posso descrever?… original…. cabelo curto, meio afro, óculos de sol com uma forma abstrata e uma camisa com um conjunto de padrões nunca antes vistos – nem mesmo no Urban. Mas o melhor de tudo são os empregados – novos e giros –, o que desanimou logo o meu pai, especialmente quando um deles (que tinha quase a minha idade) decidiu sorrir para mim ao entregar-me um copo de sumo. Não sei o que é que foi pior: se o momento em que o empregado se apercebeu que o homem que estava ao meu lado era meu pai, ou se o instante em que o meu pai realizou que os aperitivos que estava a comer (nervoso com os sorrisos do empregado) não eram dele, mas sim do estrangeiro que estava ao seu lado.

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    Com a mania de que é protetor, claro que os “seus filhinhos” tinham de beber um “sumo saudável sem álcool”. Convencida de que me ia aparecer um sumo natural feito na altura, pedi um sumo de ananás. Lol, trouxeram-me um copo de Compal (€5). Os meus pais pediram um gin mas passaram o tempo a queixar-se de que só havia água tónica Schweppes ou Nordic, seja lá isso o que for. Os aperitivos também estavam ao nível daquilo que costumo comer em Santos: uma mixórdia de amendoim com milho frito e favas secas – blhaaaa… E o ceviche de peixe do mercado, que vinha dentro de uma latinha gira e com uma tosta fininha ao lado, era ácido e doce demais.

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    Mas o que interessa não é isso, pois não? O que interessa é a vista para a avenida da Liberdade, o rio e o Castelo de São Jorge, a música – e o empregado simpático também…

     

    O bom

    A vista e o ambiente

    O mau

    O ceviche e só haver tónica Nordic e Schweppes

    O ótimo

    A música

     

    Então, em que é que ficamos? Qual é o seu terraço preferido?

     

    Uma boa tarde a terraçar para si, onde quer que esteja,

    Casal Mistério

     

    fotos: casal mistério, com o telemóvel microsoft lumia 830

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    23 comentários em “qual é para si o melhor terraço de lisboa? conheça os nossos três favoritos

    1. Para mim o mais equilibrado dos três é o Bar do Chiado e a Ostraria. Aquelas ostras são um must, adoro o Gin. Tônico oyster, a vista é deslumbrante e o ambiente super agradável. O meu voto para eles!

    2. se calhar para os mini seria melhor o Park, gloriosa vista por do sol excelente bom som talvez gente a mais não é fácil ter lugar sentado

    3. Gostei das observações, acho bastante úteis e pormenorizadas, para o ponto de vista de cliente. Dos três exemplos que apresentam, eu escolheria o das ostras, pela vossa descrição seria o mais apetecível, apesar de os valores serem um pouco excessivos para as carteiras dos comuns lisboetas. Do meu ponto de vista, têm um terraço, bem mais discreto, com uma boa vista, boa comida, bons cocktails… No The Vintage Lisboa Hotel… Têm que espreitar… É dos meus cantinhos preferidos… 😉

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