Em tempos de vindimas, fomos até ao norte do país em busca do Melhor de Portugal, em parceria, claro, com a CUPRA. Tínhamos feito uma reserva online na novíssima Casa do Santo – Wine & Tourism, que abriu há cerca de três meses na bonita aldeia de Provesende, no Alto Douro Vinhateiro. Era tudo o que nos apetecia nesta altura: um boutique hotel pequeno, com uma piscina exterior com vista para as vinhas e um ambiente acolhedor.
Desta vez, fomos ao volante de um CUPRA Formentor, que não nos deixou ficar nada mal nas curvas e contracurvas do Douro: além de sofisticado e dinâmico, é o SUV ideal para explorar uma das regiões mais bonitas de Portugal. Elegante e confortável por dentro, tem duas características fundamentais para mim: o Assistente em Viagem que me ajudou a manter na nossa faixa e a uma distância segura dos outros carros, e a Condução Inteligente que me põe um travão cada vez que me distraio (que infelizmente, com a idade, começa a ser recorrente) e passo os limites de velocidade. Foi assim que chegámos sãos e salvos ao nosso hotel, para alívio do meu querido Marido Mistério (que não sei porquê fica nervoso cada vez que vou ao volante e vive a carregar a fundo num travão imaginário).
A história
Mal chegámos, fomos recebidos com o maior sorriso por Maria Pinheiro da Veiga, que nos mostrou a propriedade e contou-nos a história da Casa do Santo e da sua família com visível orgulho.
O antigo solar da propriedade remonta ao século XVIII, mas foi o tetravô de Maria, Joaquim de Azevedo Leite Pereira, que fez história na região. Aliás, ficou conhecido como o “Salvador do Douro”, pelo seu papel na luta contra a praga da filoxera, que devastou as vinhas, no século XIX.
Foi assim que a Casa do Santo passou de geração em geração até chegar às mãos dos três irmãos José António (pai de Maria), Maria do Rosário e Nicolau Pinheiro da Veiga. Aliás, os herdeiros do solar são os trinetos do “Salvador do Douro”, e fizeram questão de manter viva a história da família. Por isso, decidiram recuperar uma das casas da propriedade e criar um boutique hotel de charme rodeado de vinhas, em pleno coração do Douro. E que boa decisão!
O hotel
Hoje, a propriedade tem 1,5 hectares de vinha e produz 2 brancos Pinheiro da Veiga (um corrente e um reserva), um tinto Pinheiro da Veiga (reserva), e o Casa do Santo, um Porto Tawny 20 anos. Claro que fizemos questão de experimentar todos e trouxemos um carregamento para abastecer a cada vez mais precária adega da Mansão Mistério.
Os três irmãos optaram por manter o solar ainda recheado com as memórias da família e recuperaram uma das casas da propriedade onde nasceu o hotel. Com um projeto arquitetónico moderno mas cuidadosamente integrado na paisagem verdejante da vinha, a casa tem duas salas de estar, sete quartos e uma piscina exterior, com vista para a vinha e o solar.
Com uma decoração moderna e confortável, o ambiente é de completa tranquilidade, acolhedor e muito familiar. É, por isso, ideal para relaxar e passar uns dias de descanso em pleno coração do Douro.
O quartos
O nosso quarto era espaçoso sem ser enorme, a cama era boa, com bons lençóis e um édredon leve e macio. As almofadas eram confortáveis mas infelizmente não eram de penas, um luxo – eu sei – mas que eu adoro. Além disso, o quarto tinha uma varanda com acesso direto para o jardim e um pequeno lavabo. A casa de banho tinha um ótimo duche, bons toalhões, secador de cabelo e amenities Portus Cale. Todos os quartos têm Wi-Fi gratuito e uma televisão de ecrã plano.
Mas infelizmente acordámos demasiado cedo com passos e barulho de hóspedes a tomar banho no andar de cima. O nosso quarto tinha um pequeno grande problema: não era bem insonorizado. Por isso, logo de manhã cedo, ouvíamos tudo o que se passava na sala do pequeno almoço e as movimentações nos quartos do primeiro piso.
O pequeno-almoço
O pequeno almoço foi simples, familiar e muito caseiro, mas francamente esperava mais. Servido numa sala muito agradável, que podia ser a de nossa casa, tinha um incrível pão caseiro acabado de fazer, mas não tinha muito variedade. Por exemplo, no primeiro dia, havia sumo de laranja natural, iogurtes com aromas e açucarados, granola, fiambre e queijo flamengo, compotas e manteiga de pacote. A fruta fresca era meloa. Tinha leite sem lactose, café expresso, chá e um bolo do dia, mas sinceramente senti falta de queijos frescos e de ovos feitos no momento. Já para não falar da minha habitual perdição: panquecas…
No segundo dia, a meloa foi substituída pela laranja. E o sumo, em vez de ser de laranja, já era de meloa. E os iogurtes continuavam a ser açucarados…
O serviço
É de uma simpatia e atenção contagiantes. Além da família estar muito presente e ser super atenciosa, as duas funcionárias que serviam o pequeno-almoço e tratavam da limpeza tinham um sorriso desarmante. Durante o dia, brindam os hóspedes com pequenas atenções e oferecem produtos regionais, como fruta da época ou as famosas covilhetes de Vila Real, da Pastelaria Gomes, simplesmente deliciosas. A Casa do Santo não tem restaurante mas prepara refeições leves a pedido, só não serve jantares.
As atividades
Além de poder passar o dia a ler na piscina, pode ajudar a família nas vindimas se for lá por esta altura, ou passear na bonita aldeia de Provesende. Conhecida pelo seu rico património histórico edificado, com solares espetaculares e casas brasonadas que remontam a séculos passados, parece que estamos num cenário de um filme de época. No centro histórico, encontra a imponente Igreja Matriz, a Fonte Velha, a Capela de Santa Marinha e o Pelourinho. Mas do que mais gostámos foi o ambiente descontraído e familiar do Café Central. Claro que Provesende tinha de ter um Café Central. Aldeia portuguesa que se preze tem um Café Central, cheio de gente simpática, pronta para conversar com forasteiros curiosos como nós.
O Douro
Depois de passearmos a pé pela aldeia, seguimos ao volante do nosso CUPRA Formentor para explorarmos as quintas do Douro. Além de percorrermos a estrada ao longo do rio, que é de cortar a respiração, fizemos questão de fazer provas de vinho na Quinta de Nápoles, de Dirk Niepoort, e na Quinta do Seixo, da Sogrape. E não resistimos a almoçar na espetacular varanda da Quinta do Ventozelo. Claro que depois de tanta prova, foi o sensato do meu querido Marido Mistério a guiar o CUPRA, com a desculpa de que ele prova o vinho mas não engole (porque tem a mania que é profissional). Já eu não desperdicei uma única gota.
E foi com o meu querido Ele ao volante do nosso CUPRA Formentor que chegámos ao DOC, do chef Rui Paula, para jantar. A verdade é que voltamos aqui sempre que vamos ao Douro: além da vista de sonho, a ementa e o serviço nunca desiludem.
O bom
Os quartos
O ótimo
A decoração e a simpatia do serviço
O mau
A falta de insonorização dos quartos e a pouca variedade do pequeno-almoço
Uma ótima viagem para si, onde quer que vá
Ela
fotos: casal mistério e d.r.
Este post foi feito com o apoio da CUPRA