Entrámos naquela perigosa época dos jantares de Natal. Aquela época em qua as dietas se eclipsam da nossa vida à mesma velocidade a que as filhoses desaparecem da mesa da Consoada. Aquela época em que temos de celebrar com os amigos, com os actuais colegas do trabalho, com os ex-colegas da escola, com os futuros colegas do ginásio e até com aquele grupo que conhecemos na praia, no Verão de 1987.
É verdade, de agora até ao dia 24, a nossa vida está transformada na agenda do Marcelo Rebelo de Sousa – não há dia sem programa. E por isso foi com um enorme sorriso que recebemos o desafio do Novo Banco: eleger os melhores restaurantes para ir jantar fora com os amigos. Em grupo, em grupeta ou em multidão. Restaurantes animados, divertidos e com mesas grandes, onde possamos estar todos à vontade sem os olhares reprovadores do casal romântico do lado a cada gargalhada estridente da minha querida Mulher Mistério.
Estes são os nossos quatro restaurantes preferidos para jantar em grupo.
Lisboa
Foi aqui que comemos os melhores camarões al ajillo de sempre. Grandes, carnudos, suculentos, muitíssimo bem temperados e feitos naquele ponto perfeito em que o marisco está bem cozinhado e nada seco. E isto aconteceu numa festa de anos mistério, ou seja com uma gigante mesa comprida, mais de dez pessoas em sonora conversa e todas as condições criadas para o desleixo na cozinha.
Mas quando lá fomos, a comida estava fantástica e o serviço foi rápido, eficaz e muitíssimo simpático. Em primeiro lugar, não torceram o nariz ao facto de ser um jantar de grupo, o que me deixou logo entusiasmado. Depois, aguentaram todo o tipo de pedidos, variações e correcções de um grupo caótico, liderado pela minha querida Mulher Mistério, o que significa que é capaz de pôr à prova até a paciência de um monge tibetano.
Finalmente, o marisco é fresquíssimo. Além do camarão al ajillo – aqui tipicamente apelidado de camarão “à Guilho” (seja lá quem for o sr. Guilho…) – provámos ainda umas óptimas ostras ao natural, umas deliciosas amêijoas reais à Bulhão Pato e uma sapateira fresquíssima e bem cozida. Para aconchegar o estômago depois da mariscada, não deixe de pedir o fabuloso prego de atum em bolo do caco. É alto, bem temperado e mal passado, deixando aquele tom encarniçado que nos faz lembrar um bom sushi.
O único problema do Pesqueiro 25, no Cais do Sodre, é que tem de ficar numa mesa comprida, o que dificulta a conversa entre toda a gente. No entanto, na festa de anos d… (ui, já ia revelar o mistério), ficámos com a mesa comprida em L, o que sempre ajuda.
Leça da Palmeira
O espaço é amplo, arejado e animado. A comida é carne – suculenta, saborosa e muitíssimo bem grelhada, vem em doses enormes, quase gigantes. E depois há esse detalhe essencial: 4,9 valores em 5 possíveis no Zomato. E 4,8 no Facebook. E 4,5 no TripAdvisor.
De facto, o Terminal 4450 é quase uma unanimidade na zona do grande Porto. Fica em Leça da Palmeira, mesmo em cima do Porto de Leixões, e tem enormes janelas com vista para o rio. A comida é deliciosa e o espaço é fantástico.
Se procura um sítio para comer bem e divertir-se ainda melhor, este é o local ideal. E até começa a refeição com umas irresistíveis pipocas com manteiga, pimentão doce e orégãos. Está a ver melhor maneira de conviver com os amigos?
Se quiser saber mais detalhes sobre o Terminal 4450, veja a nossa crítica mistério.
Lisboa
Começou por ocupar a mezzanine do pátio do Bairro do Avillez, mas o sucesso foi tal que cresceu e teve se mudar para a Rua de São Paulo, no Cais do Sodré. A Cantina Peruana nasceu da amizade de José Avillez com o chef Diego Muñoz, que se conheceram na cozinha do famoso El Bulli.
Aqui vai comer alguns dos melhores petiscos peruanos que já provei: o tiradito tusán, que são lâminas quase transparentes de peixe branco com leite de tigre e amendoim; os ceviches – especialmente o clássico, feito com peixe e polvo, e o nikkei, feito com atum, pepino japonês e sésamo; e, mais do que qualquer outra coisa, o tiradito ají amarillo, umas fatias muito fininhas de corvina com mousse de batata doce, alho negro e um crumble fininho de malagueta amarela.
Se o jantar estiver pouco animado, pode sempre mergulhar de cabeça na enorme lista de cocktails peruanos. Vai ver como o ambiente espevita logo.
Flow
Porto
É um dos espaços mais espectaculares do Porto. Meio restaurante, meio bar, é um sítio para ir definitivamente à noite, porque de dia não tem o mesmo ambiente. Aqui encontra boa comida mediterrânica além, claro, de muitos gins.
Nós já lá fomos almoçar e tivemos azar. Mas entretanto já lá voltámos, a ementa mudou e o restaurante melhorou bastante. Pode escolher entre um menu de carpaccios do mar ou da terra, queijos, ceviches, risottos massas e outras delícias de peixe, carne ou marisco.
À noite, vale a pena ir jantar e depois ficar para beber um copo no bar. Se tiver bom tempo, tem ainda um fabuloso pátio interior em estilo marroquino. E, às quintas-feiras, há música ao vivo.
Desvantagem: é confuso e ligeiramente barulhento, mas também ninguém procura um restaurante à luz de velas para um jantar de grupo, pois não?
Agora é só escolher onde vai ser o próximo jantar. E depois usar o NBChatPay para pagar a conta. A grande vantagem da nova aplicação para smartphones, do Novo Banco, é que pode fazer facilmente a transferência do valor do jantar para o seu amigo que pagou a conta sem sair do WhatsApp, do Messenger ou de outro serviço de messaging que usar no telemóvel. Só precisa que ele lhe envie uma mensagem com o valor do jantar e depois fazer a transferência para qualquer contacto do seu telemóvel. Sempre sem sair do chat onde está. Ficou curioso? Eu também. Por isso o melhor é tirar todas as dúvidas aqui.
Um óptimo jantar para si onde quer que os seus amigos estejam,
Ele
fotos: cantina peruana; pesqueiro 25; terminal 4450; flow
Este post teve o apoio do Novo Banco