Banana! Apesar de todo o segredo à volta do casamento do Príncipe Harry com a actriz Meghan Markle, uma fonte próxima do casal revelou ao jornal britânico The Telegraph como vai ser o bolo dos noivos.
Ao contrário do que aconteceu no casamento do seu irmão e da sua mãe, Harry decidiu servir um bolo de banana. “É a primeira vez que um casamento real britânico vai ter um bolo de banana”, diz a fonte citada.
Segundo a tradição na família, os bolos de casamento são sempre feitos com frutas desidratadas e frutos secos. Depois são embebidos em muito álcool. A ideia é tornar o bolo dos noivos indestrutível – e comestível até ao dia baptismo do primeiro filho do casal.
A tradição já tem mais de 100 anos, quando a famosa marca de bolachas digestive McVitie’s foi convidada pela primeira vez para fazer o bolo de casamento real. Em 1893, a McVitie’s foi a responsável pelo bolo do casamento da Rainha Maria com o Rei Jorge V. Em 1947, fez o bolo da Rainha Isabel II. E, em 2011, tratou do bolo de William e Kate (foto em cima) que, apesar de ser um bolo de fruta, como manda a tradição, levava uma base feita com 1.700 bolachas digestive e mais de 16 quilos de chocolate.
Agora, os jornais acreditam que a McVitie’s também poderá fazer o bolo de banana para o casamento de Harry e Meghan Markle, uma vez que a actriz é amiga de uma das herdeiras da marca de bolachas britânica.
Eu sei que pareço um bocadinho obcecado pelo tema bolos de casamentos reais, mas confesso que ultimamente tenho pesquisado quase tudo o que existe sobre receitas e tradições dos Windsor para poder replicar no dia-a-dia desta modesta Mansão Mistério.
O mais espectacular que encontrei foi mesmo o menu do casamento da Rainha Isabel II com o Príncipe Filipe. Celebrado em Novembro de 1947, no meio de um enorme racionamento alimentar imposto pela crise pós-II Guerra Mundial, o casamento não teve grandes luxos, com excepção de uns raríssimos morangos que, na altura, eram dificílimos de encontrar fora de época.
Tal como manda a tradição real, a ementa anunciava o “pequeno-almoço de casamento”, o que ainda acontece hoje em dia, em alguns círculos, mesmo quando a refeição é servida ao fim da tarde e não tem um único prato digno de um pequeno-almoço.
O banquete começava com um filete de linguado. Depois passava para um prato de perdizes com salada, feijão verde e pommes noisette. As perdizes não estavam racionadas durante a II Guerra Mundial e as pommes noisette não eram mais do que batatas esmagadas em puré, enroladas em bolinhas e fritas de forma a ficarem estaladiças por fora e cremosas por dentro.
A sobremesa foi uma “Bombe Glacée Princesse Elizabeth”. Além de estar escrita em francês, como é chique, tinha o nome de Isabel II, o que é outra tradição real: “É prática comum o chef dar o nome da noiva a um dos pratos da ementa”, explicou o antigo chef da Casa Real, Darren McGrady, ao jornal National Post.
A Bombe Glacée tratava-se de um gelado feito com morangos frescos. Como Novembro não é propriamente a época dos moangos e 1947 não era seguramente um ano para fazer importações de fruta, os morangos tiveram de ser plantados em estufas no Castelo de Windsor. Para terminar o almoço, foi ainda servido um prato de fruta da época.
Depois de tudo isto, resta-me partir à procura de uma boa receita de bolo de banana. Com base de bolachas digestive, claro, para lhe dar o toque real. E depois chamar-lhe Bolo Mulher Mistério.
Um óptimo bolo para si onde quer que o príncipe esteja,
Ele
fotos: telegraph; d.r.