o homem que esteve ao lado do papa francisco até ao fim

    Chama-se Massimiliano Strappetti e foi a ele que o Papa Francisco dirigiu as suas últimas palavras: “obrigado por me trazer até à praça”. O Papa começou a apresentar sinais de “doença súbita” cerca de duas horas antes de morrer e acenou ao profissional que lhe prestava cuidados de saúde 24 horas por dia antes de partir. Acenou, num gesto de despedida, já depois de lhe ter agradecido por o ter ajudado a dar uma volta de papamóvel na Praça de São Pedro, no Domingo de Páscoa, para cumprimentar os fiéis.

    O ato surpreendeu toda a gente, uma vez que Francisco já se encontrava muito debilitado após ter sofrido uma pneumonia bilateral.

    Se quiser ver mais fotografias de Massimiliano Strappetti com o Papa, então carregue na galeria aqui em baixo:

    As últimas horas

    Massimiliano Strappetti, de 56 anos, é uma figura relativamente anónima e reservada fora da Cidade do Vaticano, mas famoso dentro da Santa Sé.

    Nos últimos dias, o enfermeiro, que é casado, esteve ao lado do Papa Francisco ao longo de todos os 38 dias do seu internamento por pneumonia, entre fevereiro e março, e prestava assistência ao papa 24 horas por dia, para o auxiliar na sua recuperação.

    Conhecido por se esforçar até a exaustão, Francisco passou o seu último dia a trabalhar, contrariando os conselhos dos médicos, que recomendavam dois meses de descanso.

    Além de ter participado das celebrações da Páscoa e ter dado uma volta pela Praça de São Pedro, o Papa ainda recebeu J.D. Vance, o vice-presidente dos EUA.

    Terá tido um jantar tranquilo mas por volta das 5h30 de segunda-feira (21 de abril), hora de Roma, começou a dar sinais de uma “doença súbita” e entrou em coma logo depois para nunca mais acordar.

    Antes disso, porém, ainda fez um aceno de despedida a seu enfermeiro pessoal. Horas antes, Francisco também havia dedicado as suas últimas palavras ao profissional.

    “Obrigado por me trazer até a praça”, disse o pontífice a Strappetti, revelou o canal oficial de notícias do Vaticano.

    O Papa morreu aos 88 anos, nos seus aposentos na Casa de Santa Marta, após sofrer um AVC e uma paragem cardíaca.

     

    Quem é Massimiliano Strappetti?

    Strappetti é uma figura célebre no Vaticano. Já quando desembarcou em Lisboa, para a Jornada Mundial da Juventude, ele estava ao lado do Papa. De cada vez que saía da Nunciatura, ele estava ao seu lado. Era o Assistente Médico Pessoal do Papa e, de acordo com o próprio Francisco, salvou-lhe a vida quando o convenceu a ser operado a uma diverticulite, em 2021.

    Ao contrário do que possa pensar, Strappetti não é médico. Faz parte da equipa de enfermeiros do Vaticano desde João Paulo II e era o profissional de saúde em quem o Papa mais confiava. Numa entrevista à rádio COPE, em 2021, o Papa referiu: “Um enfermeiro, um homem com muita experiência, salvou a minha vida”. Foi a segunda vez que a vida de Jorge Mario Bergoglio foi salva por um enfermeiro. A primeira ocorreu, na Argentina, em 1957, quando, de acordo com o Papa, uma enfermeira resolveu duplicar a medicamentação administrada depois da remoção de parte do pulmão para tratar uma infeção.

    Foi também por causa desta admiração pelos enfermeiros que Strappetti foi nomeado seu Assistente Médico Pessoal. A categoria não existia e junta-se à de Médico Pessoal, que era Roberto Bernabei. Strappetti acorria a emergências, mas também administrava cuidados médicos regulares de que o Papa precisava.

    Tem 56 anos, é casado e tem dois filhos. No entanto, mantém-se bastante reservado. Sabe-se apenas que é fã da Lazio e que colabora com o Cardeal Krajewski na ajuda aos sem-abrigo que se juntam no Vaticano.

    Desde que ocupava o novo cargo que acompanhava o Papa para todo o lado.

    E foi o que fez até ao fim.

     

    Ela

    Deixe um comentário

    O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *