E não é que o hotel que Louboutin abriu na zona mais in de Portugal se chama vermelho… e não encarnado? É agora que esta palavra vai andar na boca de muita gente que se orgulhava de nunca a pronunciar! É a vida. Sinais dos tempos. Mas a verdade é que o Vermelho Hotel é lindo de morrer e abre ao público no dia 1 de abril.
Aliás, o nome de Christian Louboutin sempre foi associado a sapatos de luxo, de preferência de saltos altos, com a célebre sola vermelha (peço desculpa, encarnada, não quero ofender almas mais suscetíveis). Mas foi a série Sexo e a Cidade que o catapultou para a fama e hoje dedica-se a várias artes, sendo a mais recente, e muitíssimo bem sucedido, diga-se de passagem, o design de interiores. Todavia, a história de amor de Louboutin com Portugal já é antiga. Desde o tempo em que o designer – que é meio francês, meio egípcio – se apaixonou-se pela Comporta nos anos 80, um paraíso na altura, e comprou ali uma casa de férias.
Melides
Contudo, 15 anos depois, desiludiu-se com o que se tornou a aldeia alentejana e fugiu mais para sul, instalando-se em Melides que, garante, descobriu por acaso. “Melides era o que era a Comporta no início”, revelou ao suplemento HTSI do Financial Times. Dois dias depois, comprou a sua primeira casa aqui, precisamente em cima da lagoa.
Aliás, foi precisamente em Melides, na aldeia a que chama casa, que Louboutin decidiu construir o seu primeiro hotel que, claro, só poderia chamar-se Vermelho. Com apenas 13 quartos, o edifício de 3 andares foi renovado e é praticamente uma obra de arte.
Desde os murais pintados à mão, ao chão de madeira, de mármore ou de tijoleira pintada com cores garridas, às cerâmicas e aos azulejos portugueses e espanhóis, às antiguidades africanas e europeias, tudo bate certo, tudo encaixa na perfeição num incrível puzzle de bom gosto e criatividade. Carregue na galeria aqui em baixo para ficar a conhecer o hotel.
O hotel
Afinal, o designer de sapatos confessou ao HTSI (já agora, são as sugestivas iniciais de How To Spend It) que queria que o Vermelho fosse, de certa forma, uma extensão da forma com ele e os amigos vivem em Portugal. Para isso, contou com a preciosa ajuda da arquiteta portuguesa Madalena Caiado (irmã do advogado português de Louboutin) que já tinha restaurado a casa dele em Lisboa.
A verdade é que o Vermelho parece uma casa. Mas uma casa de luxo obviamente, onde se respira arte, tradição e cultura. Assim, as cores fortes e os azulejos são as principais características deste boutique hotel onde cada recanto, cada móvel, tem uma história para contar. Basta perguntar.
E, claro, o escarlate das famosas solas de sapato do designer está presente em todo o lado. Até na roupa de cama e nos mais ínfimos detalhes.
Os quartos
Os quartos são absolutamente deslumbrantes. Todos diferentes uns dos outros, tanto nos tons, como nas texturas, como no estilo. Mas, em comum, têm o espaço, o conforto e o bom gosto. Até as casas de banho são obras de arte, como esta cuja protagonista é uma espetacular banheira a fazer lembrar a época mourisca.
O restaurante
Falta falar do restaurante que promete servir “tesouros portugueses, transmitidos de geração em geração”. Chama-se Xtian e só vai usar ingredientes e produtos sazonais alentejanos servidos também em loiça artesanal local. A HTSI avança com alguns dos pratos que vai poder experimentar no restaurante do Vermelho: salada de polvo, sardinhas assadas, garoupa com molho de lingueirão e costeletas de cordeiro com migas chimichurri.
O convite está feito. Para já, o Vermelho abriu em soft opening. A partir de 1 de abril, estará aberto ao público que queira experimentar viver la vie en rouge. Claro que infelizmente não será para todos os públicos, porque o preço de um quarto duplo aqui começa a partir de €358, sendo que tem ficar pelo menos 2 noites, logo, não consegue dormir no Vermelho por menos de €716.
Como é que é, meu querido Marido Mistério? Vamos começar a poupar?
Boa sorte para nós,
Ela
O Louboutin desiludiu-se com a Comporta e veio dar cabo de Melides.
Não recuperou coisa nenhuma fez tudo de raiz onde não havia nada, era campo em frente à casa do meu amigo , tudo é fora de escala ( é do tamanho do centro histórico de Melides ) é um pastiche entre um “barrocado” na cerâmica das portas e a sua invenção de estilo neo novo rico .
Mentira existia aí uma casa.
E uma antiga serralharia.