Estou dividido. Deixei crescer o cabelo, fiz uma caprichada permanente e comecei a cantar. Todos os dias de manhã, mal saio do duche, faço um pequeno espectáculo em que canto “Eu tenho dois amores”, enquanto atiro o microfone ao ar com a melena ao vento.
A partir de agora podem chamar-me Paulo, Marco Paulo. Por favor, não confundam com o Marco Polo, que esse, coitado, não tem nada a ver com o assunto. O que provocou esta minha mudança abrupta de personalidade foi o surgimento de uma série de cervejas artesanais absolutamente divinais. E agora o meu coração divide-se entre a loira (a cerveja) e a morena (o gin tónico). Ou será ao contrário?
Bom, o que interessa é que já não sei o que pedir quando janto fora, em casa ou nos dois sítios ao mesmo tempo. E grande parte da culpa por esta minha nova paixão assolapada é da cerveja Letra. Produzida por dois cientistas da Universidade do Minho, é uma pequena maravilha arrebatadora.
Foi, por isso, com uma profunda alegria que descobri que a cerveja Letra se juntou ao restaurante Astória, no Hotel Intercontinental, na baixa do Porto, para fazer um dia de degustação de cervejas artesanais. É já no próximo dia 11 de Outubro, entre o meio-dia e as 23h, que a esplanada do Astória vai estar aberta a esta pequena generosidade para com a humanidade.
Além das quatro cervejas Letra – a weiss, a pilsner (também conhecida por loira), a stout (ou morena) e a red ale (aka ruiva) –, o restaurante preparou uma selecção especial de petiscos e refeições ligeiras para não caírmos para o lado ao segundo gole. Haverá cinco hambúrgueres diferentes, sanduíches e comida para picar enquanto prova. As cervejas serão vendidas a partir de €2,5 em copos de plástico (quem é que se lembrou de uma ideia dessas?!) e €3,5 em copos de vidro (assim está melhor…).
Eu cá já decidi. No próximo sábado, Porto aí vou eu. Por isso, já sabem: se virem alguém com o cabelo assim…
…não é o Marco Paulo, nem o Dino Meira, nem o José Malhoa. Como se dizia no Alô, Alô, “It is I, Leclerc”.
Um abraço para o Marco Paulo onde quer que ele esteja,
Ele
Cerveja artesanal? Quero!!!!
😉
Esta ainda não experimentei (embora eu seja mulher de pouca bebida) mas a AMPHORA é boa e também é produzida cá no norte.
Hoje, vai haver um “show cooking” cá burgo e como gosto de eventos de rua, tenciono petiscar algo por lá e a encontrar a cerveja artesanal, Letra , com certeza que vai ser esta a próxima a provar.
Se anda entusiasmado com as Letra, então deve experimentar outras cervejas artesanais nacionais que têm aparecido nos últimos tempos. Recomendo as da Mean Sardine (Ericeira), a Sant’Ana LX (Lisboa) e a Maldita (Aveiro). Mas também temos as da Vadia, Sovina, Amphora, Bolina… Enfim, um novo mundo a explorar 😉 E, claro, recomendo vivamente que se aventure pelas estrangeiras que por cá encontramos, principalmente as belgas (o supermercado do El Corte Inglés tem uma oferta interessante e também abriu recentemente em Lisboa um bar dedicado à cerveja, a Cerveteca). A cerveja pode ser uma bebida bem rica e complexa nos aromas e sabores – harmoniza optimamente com vários pratos – e é pena que no nosso país se tenha associado por tanto tempo apenas à Super Bock, Sagres e industriais afins.
Olá, Hugo
Muito obrigado pelas sugestões, que parecem fantásticas. Já experimentei a Vadia, a Sovina e a Amphora e adorei – especialmente a Sovina. Das estrangeiras, gosto muito da Inedit e da Duvel. Ainda ontem bebemos cá em casa uma garrafa de Saison, que também era fantástica. Temos mesmo de experimentar esse bar e as outras cervejas de que fala. Sempre que tiver sugestões, por favor, diga-nos.
Obrigado,
Ele
Cerveteca Lisboa: um mundo de cerveja artesanal nacional e estrangeira.