Qual é a coisa que mais apetece num dia de sol? Sair, encontrar uma esplanada simpática e petiscar qualquer coisa ao lado de uma boa sangria. É verdade: dentro da alma tímida de cada um de nós, há um Martini Man pronto para saltar cá para fora de óculos escuros em punho…
No outro dia, fui experimentar as pizzas do quiosque do Martim Moniz a meio da tarde. Não propriamente para um almoço – porque um quiosque não é um restaurante – mas para petiscar qualquer coisa num dia de sol e de Inverno como os que estão aí neste fim-de-semana.
O ambiente
Entrar no Mercado de Fusão, do Martim Moniz, não é propriamente o mesmo que entrar no Ritz. Aqui o ambiente é relaxado, a música toca alta e as rastas no cabelo crescem à velocidade da luz. Mas, para quem não se incomoda com animação e descontracção, é um bom programa para o fim-de-semana. É claro que tem inconvenientes – e não são poucos. Se precisar, por exemplo, de ir à casa-de-banho, tem de estar preparado para entrar num contentor que parece ter sido arrasado por um tornado cinco minutos antes. É claro que preciosismos como sabonete para lavar as mãos é coisa que jamais passou por aqui.
O serviço
Se conseguir sobreviver a todas estas singularidades, procure o quiosque Pizza Fina. Gerido por dois empregados encantadores que fazem tudo – desde servir a cozinhar – e que usam bonés de Bob Marley em vez de chapéus de cozinheiros, tem um serviço simpático, sorridente e delicado. Há uma preocupação em ter pizzas vegetarianas e um cuidado com as alergias.
As pizzas
As pizzas variam de tamanho e de feitio. Algumas já estão prontas no expositor, outras são feitas no momento num forno eléctrico. Todas têm uma massa extra-fina (que as torna muito crocantes) e são polvilhadas com bastante farinha (o que as torna suaves).
Em vez de termos escolhido uma pizza redonda convencional – e visto que já tínhamos almoçado e estávamos a aproximar-nos perigosamente da hora do jantar – resolvemos experimentar os melhores formatos para um lanche. Primeiro pedimos um rolinho de pizza (€3,20), fininho e relativamente comprido, que serve como uma óptima entrada ou petisco para dividir por dois. Vinha recheado com beringela, courgette, pimento e parmesão e salpicado por cima com um azeite de alho e tomilho e umas folhas de orégãos. A massa estava estaladiça e tão fina que, depois de deitado o azeite, se tornava quase transparente.
A seguir veio um panzerotto (€2), uma espécie de pastel só que, em vez de ser feito com massa tenra, leva a massa da pizza. O nosso veio recheado com cogumelos, cebola e mozzarela. Infelizmente, não estava tão bom como o rolinho. As pontas em que a massa se junta para fechar a dobra eram duras e nada estaladiças (notava-se que era requentado). E o recheio não era tão bom como o outro.
As bebidas
A sangria tinha óptimo aspecto, mas eu deixei-me levar por um tentador mojito que estava muito bom. Ela pediu uma caipiroska que já estava uns pontos abaixo.
As crianças
O espaço do mercado é enorme e óptimo para os miúdos brincarem à vontade (desde que não se aproximem da casa-de-banho) enquanto os pais bebem o seu mojito. Há também um menu de estudante disponível durante todo o dia: pizza margherita com um ingrediente extra e um regrigerante por €6.
O bom
Os rolinhos
O óptimo
A simpatia dos empregados
O péssimo
A casa de banho
Um bom dia de sol para si onde quer que esteja,
Ele
fotos: pizza fina e mercado de fusão
Obrigada pela partilha, é sempre bom saber.