porque no natal se come polvo no minho e bacalhau no resto do país?

    Polvo

    É uma espécie de Aldeia do Astérix na gatronomia natalícia. Enquanto todo o país se delicia com uma bela posta de bacalhau na Consoada, uma pequena região do Norte, esmagada entre a fronteira com Espanha e a montanha, come o mais magnífico polvo. Esta tradição dura há séculos. Há quem diga mesmo que dura há mais de mil anos. Mas o que é mais difícil de explicar é a origem do fenómeno. Afinal de contas, o polvo não existe na montanha. E, no entanto, existe na mesa de todos os minhotos. É para explicar a origem deste fenómeno misterioso que estamos aqui hoje com mais um episódio do podcast Favas Contadas. Se quiser saber como nasceu a tradição do polvo de Natal, então carregue no play aqui em baixo.

     

     

    Durante anos, o Governo de Salazar tentou impedir que os minhotos continuassem com os magníficos pratos de polvo no Natal. O regime pretendia incentivar o consumo de bacalhau, pescado e salgado por empresas portuguesas, em vez do polvo importado da Galiza. Assim conseguia impor um prato barato numa época de crise, enquanto ajudava a indústria de pesca portuguesa. Mas os minhotos resistiram, qual aldeia gaulesa perante o jugo do Governo. Montaram uma rede de contrabando de polvos vindos da Galiza e continuaram a consumir polvo no Natal. Esta é provavelmente uma das mais antigas tradições de Natal em Portugal. E uma incrível história de conspiração, intriga e muita gastronomia.

    Para ficar a conhecer toda esta história, só precisa de procurar o último episódio do podcast Favas Contadas em qualquer uma das plataformas de podcast disponíveis em Portugal: Apple PodcastsSpotify ou CastBox. Assim pode ouvir e seguir o podcast para não perder nenhuma história sobre a origem da comida.

     

    Um óptimo Natal para si onde quer que esteja o polvo,

    Ele

     

    foto: gbh007 / istock

     

    Carregue na Galeria aqui em baixo, para ficar a conhecer outras histórias sobre a origem da comida:

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