roteiro pelo alqueva: o paraíso de sonho no alentejo

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    Está a precisar de umas férias tranquilas? De paz e sossego? Onde só vê água à sua volta, sem ninguém por perto? No meio da espetacular paisagem alentejana? Aqui respira ar puro, não ouve ninguém e não se cruza com turbas de turistas liderados por um guia de bandeira em punho. São as férias ideais para quem está cansado e precisa de se desligar do mundo por uns dias. Sabia que, ainda por cima, é aqui que encontra o melhor céu do mundo para ver as estrelas?

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    Foi por estas e muitas outras razões que escolhemos o Alqueva para integrar a série de roteiros que temos vindo a fazer em parceria com a SEAT. Desta vez, ao volante de um SEAT Ateca, o carro ideal para explorar a planície alentejana e chegar até às margens da barragem. Parece um jipe mas tem o conforto de um carro. Optámos por começar este roteiro pelo nosso sítio preferido junto ao grande Lago do Alqueva: Monsaraz.

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    Estacionámos no parque mesmo à entrada da vila. A vista aqui é absolutamente deslumbrante: com o Alqueva em pano de fundo, algumas casas, montes e povoações e, ao longe, do outro lado do Guadiana, em dias de sol, até consegue ver Espanha.

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    Adoro Monsaraz: não me canso de percorrer as ruas e ruelas, andar pelas muralhas com uma vista magnífica para onde quer que olhemos. Parece que o tempo não passou por aqui: o chão mantém-se de xisto, com as pedras meticulosamente colocadas na horizontal para os cavalos não escorregarem, as casas estão cuidadosamente caiadas de branco e os edifícios históricos permanecem intactos. É o caso do Pelourinho, da Porta da Cisterna ou da Igreja Matriz, do edifício dos Paços da Audiência e da antiga praça de touros…

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    Vale muito a pena o passeio pela vila, entrar nos vários cafés e espreitar as lojas de produtos regionais e de artesanato local como a Casa Tial e a Mizette, por exemplo. Faça uma prova de vinhos na wineshop da Ervideira, que se situa na antiga escola primária de Monsaraz.

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    Pare n’ O Gaspacho, uma simpática tasca na rua principal, para comer uma tábua de queijos e beber uma imperial fresquinha. E não deixe de ver o pôr do sol no bar Xarez. É imbatível!

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    Se descer até ao Telheiro e for fã de arqueologia, tem de espreitar o Cromeleque do Xerez, um dos mais impressionantes vestígios do megalitismo em Portugal. Os arqueólogos acreditam que este monumento, composto por mais de 50 menires, terá sido erguido antes do famoso Stonehenge, algures entre 4000 e 3000 A.C.. Sendo que aqui consegue visitar o lugar sem a multidão de turistas que costuma invadir diariamente o monumento britânico.

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    Mesmo ali ao lado está o imponente Convento da Orada que, infelizmente, está fechado há anos. Vale a pena passar por lá, espreitar o exterior nem que seja para se questionar como é que um edifício destes está ao abandono.

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    Se estiver bom tempo (está quase sempre), há um programa obrigatório para quem vem ao Alqueva: alugar o Sem Fim, um veleiro centenário do Capitão Tiago – típico dos canais holandeses, e que foi trazido da Holanda para o Alentejo – e dar um passeio pelo grande lago com almoço a bordo. É um programa caro se alugar o barco só para duas pessoas, mas se dividir com um ou dois casais de amigos, já é mais razoável.

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    O passeio à vela percorre uma parte da barragem e pode pedir para parar em algumas das ilhas desertas que existem a meio do grande lago. Há inclusivamente uma ilha com areia na barragem. Pode também combinar o almoço quando fizer a marcação. Não se esqueça de pedir o fantástico pão do Telheiro, os divinais queijos frescos caseiros, as ótimas azeitonas dali, o delicioso paio ou os magníficos petiscos para ir picando ao longo da viagem. 

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    Há vários programas, desde passeios de 45 minutos a 4 horas até viagens especiais com direito a churrasco, música, pesca, camping, enfim. O melhor é espreitar o site e escolher o seu programa preferido.

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    Antes de ir para o hotel, descubra o céu de Monsaraz e deixe-se deslumbrar pelo Universo com uma visita ao Observatório do Lago Alqueva.

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    Sede do Dark Sky Alqueva, está equipado com telescópios de vanguarda para observação solar e astronómica o que lhe permite ter uma experiência visual única de estrelas, planetas, crateras da Lua, nebulosas, galáxias, enfim, basicamente do Universo. Não se esqueça de ligar antes porque é melhor fazer uma marcação prévia para ambas as observações (a noturna e a solar).

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    Depois de ver estrelas, tudo o que apetece é sonhar. E o melhor sítio para dormir por aqui é, sem sombra de dúvidas, a Herdade de São Lourenço do Barrocal. Num ambicioso projeto de reconstrução e de reabilitação com a assinatura do arquiteto Souto Moura, este monte com cerca de 780 hectares ganhou uma nova vida para se transformar num hotel simplesmente deslumbrante.

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    Com mais de 40 quartos, suites e casas, o Barrocal é um hino ao bom gosto e à Natureza no seu estado mais puro. Desde a piscina, impecavelmente enquadrada na paisagem alentejana, à vinha, ao olival, ao laranjal e à horta biológica, tudo aqui nos remete para um cenário bucólico, a fazer lembrar a série dos anos 80 “Uma Casa na Pradaria”.

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    A rua principal alberga a receção, o spa, o restaurante e os quartos do monte. Os quartos são enormes, confortáveis, os lençóis são de algodão egípcio, as almofadas são de penas e plumas, tudo aqui é bom e de muitíssimo bom gosto. A decoração é basicamente a mesma em todos os quartos, suites e casas: simples, minimalista e elegante. O que mais me encantou aqui foi total ausência de pretensão. Em tudo. Em cada detalhe.

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    No Barrocal, respira-se a máxima “quando o menos é mais” em todo o seu esplendor. Sobretudo no que toca a preços porque infelizmente cada noite aqui custa para lá de uma fortuna.

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    Então na época alta, um quarto duplo chega a ultrapassar os 500 euros por noite. Um absurdo, na minha opinião. Mas por esta altura os preços são mais simpáticos, ainda que caros.

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    Para quem não quer ou não pode pagar o Barrocal, tem sempre o Monte das Falperras: nós passámos lá uns dias de sonho com os nossos mini-misteriosos, que adoraram (se quiser saber mais detalhes, espreite aqui). O Monte das Falperras abriu em 2010 e é um turismo rural tranquilo, com apenas seis quartos e que fica de frente para a barragem do Alqueva.

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    O interior é decorado com paredes brancas ou de xisto (a banheira, por exemplo, é em pedra) e o exterior é feito de recantos: há um alpendre maravilhoso onde se pode deitar numa cama com vista para a barragem e há vários colchões brancos espalhados pela propriedade e colocados em cima de estrados, à sombra das árvores.

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    A piscina parece que está suspensa para aproveitar o visual para o grande lago do Alqueva. Fica perto de Mourão e é um dos hotéis mais tranquilos onde já estivemos, com preços bastante acessíveis.

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    E onde comer por aqui? Nós pegámos no SEAT Ateca e fomos até Monsaraz. Como o carro tem uma câmara traseira que ajuda a estacionar, Ele achou que não haveria perigo e deixou-me guiar. Acham isto normal? É uma guerra para o tirar do volante! Que falta de confiança na minha pessoa! Lá partimos rumo a um dos nossos restaurantes preferidos na vila: o Sabores de Monsaraz. Situado à entrada das muralhas, mesmo no topo do monte, tem uma vista magnífica sobre o campo e a barragem. Experimente o paio e o queijo de entrada, as migas gatas com bacalhau e coentros ou o borrego assado.

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    Já no Telheiro, no sopé de Monsaraz, não deixe de ir ao Sem Fim. Se não marcar o passeio no veleiro do mesmo dono, vale a pena almoçar ou jantar no restaurante. Além de ter uma vista maravilhosa para o castelo, é um antigo lagar de azeite, tem uma galeria de arte lá dentro e uma esplanada fantástica lá fora. 

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    Outro restaurante que eu adoro é o do São Lourenço do Barrocal. Se não dormir no hotel, não deixe de passar por aqui. Sempre é um ótimo pretexto para conhecer a herdade. Além de lindo, é ótimo. Com a filosofia Farm to Table, dá aos pratos típicos da região um toque contemporâneo.

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    Desde a perdiz de escabeche e os míticos peixinhos da horta ao carpaccio de novilho e a uma ótima tábua de queijos e enchidos para começar, passando pelos tradicionais cação frito, polvo panado, lombo de javali e pelas irresistíveis bochechas de porco preto, tudo isto, e muito mais, acompanhado com os legumes da horta biológica do Barrocal. E não se esqueça de se desgraçar no fim com sobremesas irresistíveis como o pudim de castanha servido com uma bola de gelado de chocolate.

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    Mas para comer “à grande e à alentejana”, não resistimos e cruzámos a nova ponte sobre o Guadiana, já com Ele ao volante do SEAT Ateca, deslumbrado com a caixa automática do carro (de facto, é super confortável). O nosso destino era Mourão, onde nos esperava uma refeição inesquecível na Adega Velha, ponto de paragem obrigatório neste roteiro. Não vir aqui é quase tão grave como ir a Turim e não ver o Ronaldo. É um dos mais castiços e típicos restaurantes do país. E Ele contou toda a nossa experiência neste post.

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    Fica numa antiga adega de vinho, com pipas gigantes espalhadas pelas salas, onde os empregados vão enchendo os jarros para servir aos clientes. Está decorado com uma invejável coleção de rádios antigos, o chão é de xisto e as paredes são espessas e caiadas.

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    Ao jantar aqui, é costume encontrar alentejanos a conversar e a cantar junto ao balcão de entrada enquanto bebem um copo de vinho caseiro. O vinho é feito pelo proprietário e a comida é maravilhosa: espargos selvagens com ovos mexidos, sopa da panela, sopa de cação, cozido de grão ou perdiz estufada – tudo coisas leves, como se pode ver… 

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    Depois de um jantar assim, não dá para ir muito longe. Felizmente, abriu em julho deste ano um novíssimo hotel em Mourão: a Herdade dos Delgados, com uma vista de sonho para o Alqueva. Mais do que um hotel, este projeto de vida da família Delgado, que se mudou de Cascais para o Alqueva, é quase um resort. Confesso que não é o meu género de hotel, porque tem pouco charme, é demasiado impessoal. No Alentejo, prefiro ficar em sítios mais rústicos e com história. No entanto, tem uma vista de sonho.

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    É uma espécie de Novotel com uma localização ímpar, em cima da barragem do Alqueva. Com 24 quartos e 3 apartamentos, o hotel cumpre, é minimalista, confortável mas falta-lhe charme. Imagine um hotel de 4 estrelas mas com todas as televisões dos espaços comuns ligadas na CMtv.

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    O serviço é impecável, todos os funcionários são uma simpatia. E o restaurante tem uma ementa surpreendentemente requintada, criada por um chef talentoso de Reguengos que, depois de se formar em cozinha, voltou para a região.

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    Além disso, os preços são aceitáveis: estão algures entre os preços acessíveis do Monte das Falperras e a loucura do Barrocal. O melhor do hotel é de longe a piscina. Foi difícil sair dali, admito. Mas o Alqueva ainda tem muito por descobrir. E logo ali a 10 minutos de carro, está a famosa Aldeia da Luz.

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    Digo famosa porque, quando se construiu a barragem, esta aldeia estava em todos os noticiários por ter sido construída de raiz para albergar todos os moradores da Aldeia da Luz original que ficou submersa pelas águas do rio Guadiana durante a construção da barragem do Alqueva.

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    A nova aldeia nota-se que é nova. Foi toda construída tentando manter o essencial das características da aldeia antiga. Se bem que duvido que aqueles candeeiros de rua estivessem na aldeia original: que mau gosto, meu Deus! A verdade é que hoje em dia não se vê ninguém nas ruas, parece uma aldeia fantasma.

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    Ao fundo, perto da albufeira do Alqueva, pode visitar o Museu da Luz, um lugar de memória, que homenageia a identidade, a história e a paisagem circundante, com as imagens e os vestígios da antiga aldeia. O moderno edifício, em xisto, contrasta com o mau gosto dos candeeiros de rua e está impecavelmente integrado na paisagem.

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    Mais deserta ainda do que a Aldeia da Luz é a Aldeia da Estrela, a cerca de 20 minutos de carro na direção de Moura. Ao longe, é linda de morrer, sobretudo desde que a barragem a transformou numa península, rodeada de água por todos os lados, exceto pela estrada que a liga ao resto do mundo.

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    E precisamente por causa da sua incrível localização, foi construído um ancoradouro onde param os barcos que passeiam pela barragem, vindos da Marina da Amieira. É um sítio lindo para passear, fazer um piquenique e para mergulhar. Mas a aldeia propriamente dita está completamente ao abandono. Percorremo-la de uma ponta à outra sem ver absolutamente ninguém.

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    Tenha cuidado se quiser fazer este passeio de carro, porque as ruas são mais estreitas do que um corredor. O que nos valeu foi que o nosso SEAT Ateca tinha um espetacular sistema que faz o carro parar automaticamente quando se está a aproximar de uma parede de forma precipitada. E digamos que, ao volante, precipitado é o nome do meio do meu querido Marido Mistério. Quando eu peguei no volante, é claro que tudo se tornou mais suave como se estivéssemos a deslizar em cima de um lençol. Talvez não tanto (isto foi Ele que acrescentou, claro!).

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    Mas faz pena ver uma aldeia assim, com esta localização e sem vida nenhuma: apenas ruas desertas, portas e portadas fechadas e casas abandonadas. Até o único restaurante conhecido da aldeia, o Sabores da Estrela, já estava fechado para descanso do pessoal. Não foi grave porque já conhecíamos o espaço e come-se bem. Mas se vier aqui, peça para se sentar na esplanada. Acredite que o exterior é muito mais agradável do que o interior do restaurante. Já que não encontrámos uma única porta aberta, voltámos para dentro do SEAT Ateca e apanhámos a estrada rumo a Moura, a 25 km para sul.

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    Moura é uma cidade com séculos de história. Foi tomada pelos mouros em 1166, perdida e reconquistada várias vezes até que, em 1295, se tornou definitivamente portuguesa. Ao contrário do que imaginamos das cidades no interior alentejano, Moura tem muita água, inúmeras fontes e vários jardins. Vale a pena visitar o castelo, a Igreja de São João Batista e a Igreja de Santo Aleixo.

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    A 20 minutos, encontra as comportas da Barragem do Alqueva. Pare aqui para tirar uma fotografia. É uma imagem imponente: elevando-se a cerca de 100 metros de altitude, impressiona pela sua dimensão e pela quantidade de água que sustém. Enormes letras enferrujadas pelo tempo formam a sugestiva frase poética “on a clear day you can see forever”, dando a entender que aquela paisagem não tem fim. Mas a mesma frase é também o título de um antigo musical da Broadway, mais tarde adaptado para um filme protagonizado por Barbra Streisand em 1970. Alguém por estas bandas é fã de musicais ou de Barbra Streisand…

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    E aqui já estávamos a 15 minutos do nosso hotel. Na segunda noite do nosso roteiro optámos pela Herdade do Sobroso. Um turismo rural simpático, sem grandes pretensões, com um alpendre delicioso, uma piscina muito agradável e uma praia fluvial privativa.

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    Tínhamos reservado um quarto duplo mas fizeram-nos um upgrade para uma suite sem pedirmos absolutamente nada. E sem desconfiarem da nossa identidade, claro!

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    A suite era ótima e confortável, com uma decoração rural mas com os pequenos luxos dos tempos modernos. A cama, o édredon, as almofadas e os toalhões eram muito bons, mas o melhor deste hotel é claramente o serviço: todos os empregados, sem exceção, são de uma simpatia e de uma paciência desconcertantes.

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    E vale a pena jantar aqui, nem que seja uma noite, para experimentar os petiscos e os pratos tradicionais da Dona Josefa, uma cozinheira de mão cheia e muito premiada na região: acho que provei na Herdade do Sobroso o melhor arroz de pato que comi na vida: molhadinho sem ser empapado e com um sabor do outro mundo. Ah, e não deixe de fazer uma prova de vinhos na adega. São ótimos!

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    Outra opção para dormir, nesta região, a cerca de 10 minutos da Barragem do Alqueva, e a 20 minutos de Moura, é a Herdade do Vale do Manantio, uma incrível propriedade com 1600 hectares que faz fronteira com o grande lago.

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    Tem provavelmente uma das piscinas mais bonitas de todo o Alentejo e arredores, com um jacuzzi e mil e um recantos para não fazer absolutamente nada.

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    Também o alpendre é de sonho. É aqui que se fazem as refeições e onde se está na maior parte do tempo. Isto porque a casa por dentro não é tão confortável, por dois motivos: com uma decoração rústica e meio escura, está recheada com os troféus de caça do proprietário. E na penumbra confesso que apanhei uns valentes sustos.

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    Os 14 quartos são decorados de uma forma rústica (alguns demasiado rústicos para o meu gosto) mas confortável. No entanto, o melhor do hotel é sem dúvida o exterior: a piscina infinita sobre o Alqueva e uma paisagem alentejana de perder de vista.

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    O Vale Do Manantio serve refeições preparadas com ingredientes regionais, utilizando receitas da família de João Bravo, o proprietário, um fervoroso apaixonado por caça. Aqui as atividades são inúmeras: passeios de bicicleta, a cavalo ou de helicóptero sobre o Alqueva. E claro, canoagem, ski aquático e jet ski no lago mesmo ali ao lado.

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    Se quiser fazer um cruzeiro pelo Alqueva, vá até à Marina da Amieira, o principal ancoradouro da barragem. A maior infraestrutura náutica da região é o local de partida da maior parte dos barcos envidraçados que percorrem o lago, para que possa apreciar a paisagem envolvente.

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    Localizada perto da aldeia da Amieira, situa-se numa península e possui um cais ancoradouro, com bar, esplanada e um restaurante panorâmico. É aqui que são disponibilizados diversos serviços náuticos, como passeios de barco, ski e wakeboard, paddle surf, canoagem, enfim. Pode também alugar um kaiak e ir conhecer sozinho as várias ilhas e reentrâncias da barragem. É preciso ter cuidado com as correntes e com a sua resistência – convém que seja suficiente para voltar. Se estiver mesmo numa de fazer desporto, este é um dos melhores spots para praticar ski aquático.

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    Também é aqui que aluga os famosos Barcos Casa sem precisar de ter carta de Marinheiro. Pode passear a dois com o seu Ele ou a sua Ela pelo Alqueva. Vai ver que é um programa super romântico! São barcos com cabine e onde fica a dormir. É engraçado, mas é um pouco caro. E se estiver vento, pode ser também ligeiramente enjoativo – sobretudo à noite.

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    Só uma última nota: antes de regressar a casa passe pela Herdade do Esporão, em Reguengos de Monsaraz. Vale a pena visitar a adega, fazer uma prova de vinhos e almoçar no restaurante, com uma vista deslumbrante para as vinhas e, claro, para o Alqueva. Sempre o Alqueva.

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    Boa viagem para si, onde quer que esteja,

    Ela

     

    Onde dormir:

    São Lourenço do Barrocal

    Monte das Falperras

    Herdade dos Delgados

    Herdade Vale do Manantio

    Herdade do Sobroso

    Barcos Casa

     

    Onde comer:

    Sem Fim

    Sabores de Monsaraz

    Adega Velha

    São Lourenço do Barrocal

    O Gaspacho , Rua Direita 7, 7200-175 Monsaraz

    Xarez

    Herdade do Esporão

     

    O que fazer:

    Passeios de Veleiro

    Passeios de Barco: Alqueva Cruzeiros; Alqueva Tours

    Passeios a Cavalo

    Stand Up Paddle, Ski e Canoagem

    Passeios de Balão

    Museu da Luz

    Observatório Lago Alqueva

    Dark Sky Alqueva

     

    fotos: casal mistério, fernando guerra/museu da luz, miguel claro/observatório lago alqueva; d.r.

    Este roteiro foi feito com o apoio da SEAT 

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