“O que é aquilo? É o super homem? É um ovni? Não! É uma cadeira da piscina a voar.” Chegámos ao Memmo Baleeira ao final da tarde e enquanto Ele fazia o check in, fui com as crianças espreitar o exterior do hotel. Qual é a primeira coisa que as crianças querem ver quando chegam a um hotel? A piscina, claro. Fomos até à varanda, que estranhei estar vazia, abri a porta de vidro e… quando pus o nariz de fora, achei que ia levantar voo. Agrupei os miúdos à minha volta com medo que um fosse pelos ares. A ventania era tal que só tive tempo de me desviar de uma mesa e de duas cadeiras que fizeram questão de me receber literalmente de braços abertos. Empurrei a equipa de futsal para dentro e fechei a porta a correr: “Mãe, é isto que é um tornado?”, perguntou o mais novo. “Não, filho, isto é Sagres!”
A localização privilegiada do Memmo Baleeira é ao mesmo tempo uma vantagem e um problema. E o problema chama-se vento. É de facto uma região linda mas nem sempre ideal para quem não gosta de vento. E quem é que gosta de vento? Os praticantes de windsurf e kitesurf. Ponto. E esses abundam por estas bandas, sobretudo em agosto, o mês fatídico no que a rajadas diz respeito. Por esta altura, talvez tenha sorte. Os meses de junho e setembro costumam ser calmos, e como São Pedro anda louco ou distraído, quem sabe se julho também não é tranquilo, este ano?
O hotel
É ótimo para passar uns dias ou um fim de semana em família. Descontraído, com uma decoração clean e minimalista, é uma excelente opção para casais novos com crianças pequenas. Os tons claros imperam, com destaque para o branco, a minha cor preferida no que toca a decoração, alguns apontamentos azuis e castanhos. Os quartos são modernos, espaçosos e confortáveis, talvez minimalistas demais, mas prefiro sempre tralha a menos do que a mais. E têm tudo o que precisa, além de uma vista fantástica para o mar. As suites têm uma kitchenette bem equipada, o que é um descanso se precisar de cozinhar qualquer coisa rápida para os miúdos.
Não sei se tivemos azar mas nesse fim de semana estava particularmente caótico. Esperámos numa fila para entrar no restaurante, esperámos que nos pusessem a mesa e esperámos ainda pela reposição das travessas que estavam praticamente todas vazias. Mas só aqui nos deparámos com o caos, porque, de uma forma geral, o serviço foi sempre simpático e atencioso.
A varanda
Quando não está vento, (e não tivemos essa sorte) é verdadeiramente o spot do hotel. Com uma vista deslumbrante para o mar e para o porto de Sagres, é o lugar ideal para beber um copo ao fim da tarde enquanto assiste ao pôr do sol no mar e está de olho nas crianças a correr e a brincar no imenso relvado ao lado. Imperdível.
Nós optámos por percorrer as praias da região à procura de uma sem vento. Missão impossível nesses dias. Começámos pelo Martinhal, mesmo ali ao lado, que é linda… mas não se conseguia estender a toalha. Tentámos o Zavial, outra praia maravilhosa, idem idem, aspas, aspas. Decidimos subir pela costa vicentina. Só que aqui, levanta-se outro problema: as praias mais abrigadas são de difícil acesso, não são vigiadas e não têm bar ou restaurante de apoio. Nós não quisemos arriscar por causa dos miúdos, além de que o meu querido Marido Mistério fica deprimido se não tem um sítio para beber uma imperial ou comer umas amêijoas. Por isso, acabámos onde? A petiscar num restaurante maravilhoso, no centro de Vila do Bispo… Uma experiência que será devidamente relatada por Ele num outro post perto de si.
O bom
Os quartos
O mau
O vento
O ótimo
A varanda
Bom fim de semana, de preferência sem vento,
Ela
É mesmo pelo vento que eu adoro Sagres…e pela temperatura mais baixa, que isto de se morar no Algarve do Sotavento tolda-me a mente e entorpece-me o corpo!
Já eu escolho sempre a Pousada de Sagres em vez desse aí; a piscina é mais abrigada e dá sempre para ir a banhos. 🙂