vídeo: quantos pacotes de açúcar existem em cada alimento?

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    Sabia que um sumo Compal de pera rocha tem quase mais 50% do açúcar que existe num Magnum Peanut Butter? E que três colheres de sopa de granola de frutos vermelhos equivalem a mais de dois pacotes de açúcar? Ou que um iogurte líquido tem praticamente a quantidade total de açúcar que devia ingerir ao longo de um dia inteiro?

    Pois então, sente-se bem na cadeira e prepare-se para o impacto porque nós juntámo-nos à cadeia de restaurantes de comida saudável Go Natural para fazer as contas ao açúcar que ingerimos no dia-a-dia. E as surpresas são muitas.

     

     

    O resultado é um vídeo curto em que contabilizamos os açúcares simples que existem em 16 comidas e bebidas habituais na nossa vida: tanto os açúcares adicionados (que são um perigo bem identificado), como os açúcares naturais (que tantas vezes passam despercebidos). As contas foram todas rigorosamente supervisionadas pela nutricionista Inês Onofre Domingues, da Clínica Oficina de Psicologia, com recurso a várias fontes científicas.

    Depois, calculámos quantos pacotes de açúcar existem em cada comida e bebida, com base na nova regra da Direção-Geral de Saúde, que estabelece um limite de 5 gramas de açúcar por pacote. Finalmente, comparámos essas quantidades com a recomendação da Organização Mundial de Saúde: ninguém deve ingerir mais do que 25 gramas (ou cinco pacotes) de açúcares simples por dia (sejam eles naturais ou adicionados). E é assim que percebe que, ao beber dois copos de sangria já está a ultrapassar o limite máximo de açúcar que devia ingerir ao longo de todo o dia. 

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    É claro que o açúcar que existe na fruta é bastante mais saudável do que aquele que existe numa Coca-Cola. Os açúcares adicionados deviam ser totalmente eliminados, mas mesmo a quantidade de frutose ingerida tem de ser controlada.

    Este não é contudo o único factor que o devia preocupar na sua alimentação. Por exemplo, uma bola de Berlim só tem 12 gramas de açúcar, mas tem ainda gordura e hidratos de carbono. E tudo isso deve pesar no momento de avaliar o que deve ou não comer. Se vir o caso de um cachorro quente, percebe que os 8 gramas de açúcares simples não são o mais preocupante. É preciso ter também cuidado com a gordura e com os 40 gramas de hidratos de carbono complexos que são absorvidos pelo seu organismo, transformando-se, de uma forma diferente e mais demorada, também em açúcares.

    Mas o melhor mesmo é ver o vídeo antes de decidir se quer realmente beber aquela Coca-Cola que lhe estava a apetecer tanto. São sete pacotes de açúcar, quase mais 50% do que devia ingerir ao longo de um dia inteiro. 

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    Lista dos Alimentos Analisados

    • 170 g figos = 28,7 g de açúcar
    • 160 g de uvas = 29,8 g de açúcar
    • 160 g de pizza CheeseHam, da Pizza Hut = 4,7 g de açúcar
    • 110 g de cerejas = 14,6 g de açúcar
    • 200 ml de vinho branco = 2,4 g de açúcar
    • 1 copo de sangria = 19,01 g de açúcar
    • 65 g de Bola de Berlim = 12,04 g de açúcar
    • 1 iogurte líquido Tutti Frutti = 20,8 g de açúcar
    • 45 g de granola de frutos vermelhos Cem por Cento = 12,6 g de açúcar
    • 1 Magnum Peanut Butter = 19 g de açúcar
    • 1 lata de Coca-Cola = 34,98 g de açúcar
    • 100 g de pipocas Continente = 39 g de açúcar
    • 1 balão de gin com 200 ml de água tónica = 18 g de açúcar
    • 1 cachorro quente com pão brioche, salsicha, 25 g de ketchup, 15 g de maionese, 1 dose de mostarda = 8,15 g de açúcar
    • 1 garrafa de leite com chocolate Ucal = 25 g de açúcar
    • 330 ml de Compal Clássico Néctar Pera Rocha = 28,05 g

     

    Um óptimo dia para si onde quer que o açúcar esteja,

    Ele

     

    Um vídeo com o apoio Go Natural

    Agradecimentos: Inês Onofre Domingues, Clínica Oficina de Psicologia

    25 comentários em “vídeo: quantos pacotes de açúcar existem em cada alimento?

    1. Post fantástico! Muitos Parabéns! É realmente urgente uma tomada de consciência da população em geral para este consumo desmesurado de açúcares processados.

    2. Bora todos comer proteínas e fibras, mas em comprimidos, que assim não há risco de ingerir alguma gramita de açúcar (sacarose ou outro) ou gordura.
      E ainda faltou falar desses bichos papões que são o gluten e a lactose.
      Os lobbies das grandes industrias/empresas conseguem mesmo vendar os olhos aos consumidores e toldar a mente às massas…

    3. Sabia que tanto cuidado, tanto cuidado, e a morte vem na mesma?
      Por vezes de forma tão inesperada que até parece mentira.
      Pois, viver e morrer…mais nada.
      É a doutrina da impermanência. Por isso, todas as restrições só servem para uma coisa, prolongar a vida. Se comemos de mais morremos, de menos morremos. A morte é lixada…hahahaha

    4. Excelente artigo, praticamente serviço público.
      Eu tenho uma boa noção do açúcar presente nos vários alimentos porque controlo com frequência os níveis de açúcar que tenho depois das refeições. De facto, às vezes comer um gelado como o magnum faz subir menos a glicose do que determinadas frutas ou outros alimentos. O pão, por exemplo, é pior para mim que um cornetto.
      É por isso que este artigo é tão importante, porque revela o açúcar escondido em alimentos vistos como “sempre” saudáveis.

    5. Ok, o artigo é interessante, mas falta dizer porque não devemos ingerir tanto açucar, ou será que é só o açucar processado, sempre comi açucar (amarelo, refinado, mascavado), á colher, com gemadas, por pura gulodice, ainda hoje como chocolate quase todos os dias, continuo a comer os meus cereais sempre com uma colher de açucar e bebo dois cafés com açucar, felizmente não sou diabético nem tenho os niveis de açucar fora do normal, com 58 anos não sei porque deveria mudar a minha alimentação a nivel de açucar. Ao contrário do que é habitual, eu gostaria de engordar uns quilitos, já tentei mas não consigo.

    6. Ok, o artigo é interessante, mas falta dizer porque não devemos ingerir tanto açucar, ou será que é só o açucar processado, sempre comi açucar (amarelo, refinado, mascavado), á colher, com gemadas, por pura gulodice, ainda hoje como chocolate quase todos os dias, continuo a comer os meus cereais sempre com uma colher de açucar e bebo dois cafés com açucar, felizmente não sou diabético nem tenho os niveis de açucar fora do normal, com 58 anos não sei porque deveria mudar a minha alimentação a nivel de açucar. Ao contrário do que é habitual, eu gostaria de engordar uns quilitos, já tentei mas não consigo.

    7. A Carla sabe porque as frutas fazem subir mais o açúcar do que outros alimentos? Porque a frutose é um açúcar de absorção rápida. Entra rapidamente na corrente sanguínea. Aos diabéticos é ensinado nas consultas, a juntamente com a fruta comerem um pedaço de pão ou umas bolachas. Isso vai fazer com que o açúcar da fruta seja absorvido mais lentamente.
      Mas não quer dizer que todas as frutas tenham mais açúcar que outros alimentos. As mais calóricas nesse aspecto são os figos,as uvas e o melão. São por isso as menos aconselhadas para um diabético.

    8. Ó BURRA já paraste pra pensar qual é a dieta de um diabético? Por acaso até são 10% da nossa população!
      Cultivate um bocadinho e aprende a comer.
      Saúde par todos … inclusivé para si.

    9. Os meus cumprimentos
      É deveras importante ter a noção real da quantidade de “açucar” presente nos alimentos.
      Parece-me pouco correto, apesar da ressalva, comparar numa listagem única (como se fossem equivalentes e se pudessem comparar) alimentos com produtos considerados alimentares.
      Comparar, mesmo para a quantidade de açucar, qualquer fruta com vinho, sangria, pizza ou bola de Berlin, que estarão certamente muito limitados no consumo de uma dieta equilibrada ou saudável é mascarar e deturpar uma análise mais séria sobre alimentação.
      É diferente consumir •110 g de cerejas = 14,6 g de açúcar de •65 g de Bola de Berlim = 12,04 g de açúcar.
      Os “alimentos” não são só açucar e limitarmo-nos ou reduzir o consumo de fruta pelo aporte de açucar é reduzir o consumo de nutrientes fundamentais ao nosso corpo.
      E corre-se o risco de reduzir o consumo de fruta para “poder” consumir os doces ou refrigerantes. Estão em patamares alimentares tão diferentes que a sua eventual comparação é concerteza errada e parte de pressupostos errados.

    10. Sr. Paulo, não sei a quem se estará a dirigir com esse palavreado. Seguro que a mim não é, pois felizmente não o conheço de lado nenhum! E nem o senhor a mim, pois se conhecesse, saberia que falo com bastante conhecimento de causa, infelizmente conheço muito bem a dieta de um diabetico e que a Diabetes é um flagelo na minha família, incluso que a minha mãe morreu recentemente de complicações devidas a esta doença.
      E se perdesse algum tempo a interpretar o meu comentário com algum espírito critico e 2 dedos de testa ao invés de falta de educação e arrogância, entenderia bem que a minha mensagem é um pouco mais profunda, vai bem mais além do criticar “fácil e barato” das dietas com excesso de açúcares dos dias de hoje! E depois a BURRA parece que sou eu…

    11. Olá Nidia, muito obrigada pelo esclarecimento. 🙂 A minha nutricionista já me tinha dito que, a meio da manhã ou da tarde, sempre que comer fruta deve ser acompanhada de bolachas ou tostas para impedir o açúcar de subir tão rapidamente mas não sabia exatamente quais as piores frutas. Sei que maçã, pêra, pêssego e ameixas não serão as piores mas, o melão, por exemplo, não sabia que tinha muito açúcar. Ainda ontem comi. 😛

    12. E já que o Sr. é tão inteligente, por certo saberá que há diabéticos que sim, necessitam de introduzir mais açúcares que o normal na sua dieta!
      Cultivar, necessitamos todos! E felizmente, por ossos do ofício, sei muito bem como fazer uma alimentação equilibrada e ter um estilo de vida saudável!
      P.S. “Cultiva-te um bocadinho e aprende a …”

    13. Concordo a 200% com o seu comentário!
      Argumentos muito válidos e ponto de vista certíssimo!
      Fico indignada com a forma escandalosa como nos querem manipular a opinião com verdades deturpadas e argumentos capciosos, simplesmente com objectivos obscuros envolvendo €€€€.

    14. Olá, Paulo

      Antes de mais, muito obrigado pelo seu comentário que ajuda a esclarecer a polémica à volta deste vídeo. Tal como pode ler no texto em cima, nós concordamos totalmente com aquilo que o Paulo diz: não se pode comparar o açúcar presente nos figos com o açúcar de um gelado. E é por isso que esclarecemos que muitos especialistas defendem que o açúcar refinado devia ser totalmente eliminado da dieta, enquanto os açúcares naturais são essenciais para fornecer energia ao cérebro.
      No entanto, a frutose e a lactose não deixam de ser açúcares e praticamente todos os nutricionistas concordam que o seu consumo deve ser controlado.
      O objectivo deste vídeo não é fazer qualquer comparação, mas apenas informar acerca dos vários tipos de açúcares que consumimos – muitas vezes sem sequer nos apercebermos disso.

      Muito obrigado,
      Casal Mistério

    15. Muitos parabéns pelo vosso destaque,foi bem merecido,excelente publicação!! O nosso mal para engordarmos e existirem colesterol e diabetes e tantas outras doenças é o consumirmos demasiado açúcar que existe nos alimentos,daí recomendarem-nos a comer coisas integrais,olhar sempre para os rótulos da comida ou da bebida que compramos e etc,o problema é que muita gente como é o meu caso são muito esquisitas no que diz respeito a comida e não fazem caso do que os médicos recomendam!! Mas,eu,graças a Deus,sou uma pessoa que respeito a opinião da minha médica de família em relação a tudo e ainda bem que sou assim,porque,senão,a esta hora,já não estava aqui a dar-vos os parabéns pelo vosso destaque e a dar-vos os parabéns por esta excelente publicação!!

    16. Que felizes eram os meus avós. No tempo deles não “havia” colesterol, nem gluten, nem açúcares. Os homens bebiam bem e morriam com mais de 85 anos! Com aquilo a que chamam evolução, o que comemos, venha da terra ou do mar, vem carregado de produtos tóxicos! Depois aparecem os interesses comerciais: o óleo vegetal é o melhor para a saúde. Mais tarde passou a ser o azeite. Agora acho que é o óleo de coco. Dantes os ovos eram um veneno. Agora são uma fonte de riqueza para o nosso bem-estar. E vá lá a gente entender esta gente!
      Assim sendo, passei a ser um seguidor dos conselhos dados há 40 anos pela Dr.ª Isabel do Carmo: “o segredo da alimentação humana é variar de venenos”. Não será esta uma solução a ter em conta?

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