viva farmhouse, um refúgio de charme e tranquilidade em monsaraz

    Já aqui partilhámos várias vezes a nossa paixão pelo Alentejo, sobretudo pela região do Alqueva e de Monsaraz. Além de adorarmos a gastronomia, gostamos sobretudo da paisagem deslumbrante, que aliada à paz e tranquilidade que aqui se vive, faz desta região o destino perfeito para desligar e descansar. Depois de termos estado no espetacular (mas caríssimo) São Lourenço do Barrocal e de termos passado uns dias no Montimerso, desta vez quisemos experimentar o Viva Farmhouse, uma pequena quinta em pleno Telheiro, uma aldeia no sopé de Monsaraz. E ficámos encantados com este projeto de vida com sotaque carioca.

    A história

    São basicamente dois hectares de terreno na pacata aldeia alentejana do Telheiro, que foram comprados em ruínas em plena pandemia por um jovem casal de brasileiros. Susana, designer de interiores, e Guilherme, economista, ambos cariocas, decidiram trocar Cascais por Monsaraz quando se apaixonaram por esta quinta abandonada. Com eles, levaram Mara, uma simpática e sorridente brasileira, que também estava doida para fugir da grande cidade. E juntos construíram o Viva Farmhouse de raiz.

    Foram três anos de obras para recuperar as ruínas do terreno, com a promessa de respeitar a traça original. Hoje é um “sítio”, como se diz no Brasil, super agradável e tranquilo com uma decoração moderna, confortável e colorida.

    Em setembro de 2022 abriram as portas deste surpreendente alojamento rural, que é sinónimo de sossego e de conforto e de muita simpatia.

    Se quiser saber todos os detalhes sobre o Via Farmhouse, clique na galeria em baixo.

    Mas deixo aqui também um aviso à navegação para quem tem pânico de gatos, como eu: fomos recebidos pela Mara, a simpática funcionária brasileira, com o seu sorriso fácil, mas cercada por três gatos… Claro que demorei uma eternidade até ganhar coragem para sair do carro. Eu sei que pareço maluca, mas tenho pânico, fobia mesmo, de gatos. O meu super herói Marido Mistério protegeu-me e avançou sem medos à minha frente mas, graças a Deus, os terríveis felinos ignoraram-me com um ar enorme.

     

    O hotel

    O hotel tem basicamente dois edifícios separados por um jardim. Nós ficámos no edifício onde se situam os espaços comuns: a cozinha aberta e muito funcional, a sala de refeições, a sala de estar, a sala de TV e a biblioteca. Alguns dos quartos ficam no andar de cima.

    Além disso, este edifício tem ainda um alpendre super simpático, com uma mesa grande e cadeiras, além de umas poltronas para ler e descansar. Há ainda o outro edifício em frente com mais quartos, um jardim e a piscina estrategicamente bem localizada, ligeiramente afastada dos quartos.

    A decoração do hotel é moderna, colorida e confortável. Os interiores são luminosos e intimistas. Materiais como rattan, palhinhas e madeiras claras são o toque dominante. Mas, ao mesmo tempo, os tons neutros contrastam com cores fortes, como o encarnado e o azul escuro, que curiosamente combinam na perfeição.

    Além disso, os proprietários tiveram a preocupação de recorrer a peças de artistas nacionais para decorar os vários espaços, como os abat-jours de Anna Westerlund e os macramés de Diana Cunha. Também as mantas e os tapetes são portugueses.

    O quarto

    O Viva Farmhouse tem quartos duplos standard e superiores. O nosso era standard mas era espaçoso, moderno e confortável. Situado no primeiro andar do edifício das salas, o quarto tinha espaço, uma boa cómoda para arrumar a roupa, mas não tinha armários, só três cabides na parede.

    Confesso que a cama e as almofadas eram demasiado duras para a minha provecta idade. Além disso, senti falta de um sobre colchão e de uma almofada de penas mas, se calhar, sou eu que estou mal habituada. De qualquer forma, o édredon era de penas e era ótimo, tal como os lençóis, que eram super macios.

    A casa de banho, tal como toda a decoração, era colorida e prática. O duche era ótimo mas o chuveiro de cima nem por isso, não tinha muita pressão. O que vale é que o outro chuveiro era mais do que suficiente. Para grande pena do meu querido Marido Mistério, o seu amigo bidé foi substituído por um daqueles mini duches modernos ao lado da retrete. E que Ele, no fundo, é um Velho do Restelo em toda a sua plenitude: é contra o acordo ortográfico e contra o fim dos bidés.

     

    O pequeno-almoço

    O pequeno-almoço era deliciosamente fresco e caseiro, recorrendo só a produtos regionais. Adorei o sumo de laranja natural e o queijo fresco fornecido por uma produtora local. Tinha pão, croissants e uns deliciosos pães de queijo em forma de mini waffers. O iogurte caseiro era absolutamente divinal tal como a granola que era viciante e deliciosa. Havia ovos mexidos e panquecas que normalmente servem às crianças. Os ovos são biológicos, postos pelas galinhas da quinta.

    Também serviram fruta fresca e uma salada de tomate cherry muitíssimo bem temperada. Tudo isto é servido na sua mesa. Não há buffet. Infelizmente só não tinha o delicioso pão alentejano tão típico da região. Ainda por cima, o pão do Telheiro é uma maravilha. Em vez disso, vieram umas baguettes mais francesas do que propriamente alentejanas. E, mais uma vez, ao pequeno-almoço, a simpatia da Mara e da cozinheira foram desarmantes.

     

    O bom

    A decoração

    O ótimo

    O pequeno-almoço

    O mau

    A cama e as almofadas pouco macias

     

    Boas férias,

    Ela

     

    fotos: viva farmhouse

     

    Nota: Todas as despesas das visitas efetuadas pelo Casal Mistério a restaurantes, bares e hotéis são 100% suportadas pelo próprio Casal Mistério. Só assim é possível fazer uma crítica absolutamente isenta e imparcial. 

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